O bairro Liberdade, situado na região da Pampulha, alcançou o mais expressivo aumento de valor entre as capitais do Sudeste em janeiro de 2025, se comparado ao mesmo período de 2024. O preço médio dos imóveis negociados no local subiu 70,2% no primeiro mês deste ano – o percentual mais elevado em relação aos bairros de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro –, passando de R$ 429 mil para R$ 731 mil.
As informações derivam de um levantamento da Loft, fundamentado em negociações compiladas a partir de dados do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) das Prefeituras. Conforme apontado pela pesquisa, BH concentra quatro dos dez bairros classificados entre as maiores valorizações do Sudeste no começo deste ano. Além do Liberdade, que lidera o ranking, Planalto e Gutierrez aparecem nas posições seguintes. O bairro da região central da capital figura em quinto lugar (veja a relação completa ao fim do texto).
No Planalto, o valor médio apresentou variação de 55,1% ao longo de 12 meses, passando de R$ 295 mil para R$ 458 mil. Já no Gutierrez, o montante ultrapassou a marca de R$ 1 milhão pela primeira vez, resultando em um crescimento de 49,1%. Na área central, o índice de aumento chegou a 34,1%, atingindo um preço médio de R$ 353 mil.
“Belo Horizonte vem se destacando na valorização de imóveis dentro do Sudeste desde, pelo menos, 2023. Portanto, não surpreende que a cidade ocupe as primeiras colocações no ranking de bairros com maior acréscimo de preços. Embora esses valores tenham subido de forma acelerada, o custo dos imóveis em BH tende a ser menor que em São Paulo e Rio, o que pode acarretar novos aumentos”, esclarece Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft. “No caso do Liberdade, chama atenção a diversidade de propriedades disponíveis, que abrangem desde imóveis mais compactos até residências de alto padrão, o que atende perfis distintos de orçamento e preferências”, complementa.
Confira o top 10 bairros com maiores valorizações na região Sudeste:
- Liberdade, Belo Horizonte – 70,2%
- Planalto, Belo Horizonte – 55,1%
- Gutierrez, Belo Horizonte – 49,1%
- Tremembé, São Paulo – 39,3%
- Centro, Belo Horizonte – 34,1%
- Botafogo, Rio de Janeiro – 34%
- Campos Elísios, São Paulo – 31,9%
- Itaquera, São Paulo – 31,8%
- Liberdade, São Paulo – 29,5%
- Tatuapé, São Paulo – 29,4%
No total, foram analisados 8,6 mil registros de vendas nas localidades no período, considerando bairros com, no mínimo, 20 transações a cada mês.